Empreende-
dorismo: cooperativismo jovem é estímulo de desenvolvimento, liderança e protagonismo
Quando Jean Michell Lange entrou no mundo do empreendedorismo, o cooperativismo não tinha, para ele, o mesmo significado que passou a ter quando conheceu a cooperativa Sicredi
A atuação de um bom líder pode ser definitiva para o sucesso de um projeto, empresa ou comunidade. Por isso, é essencial que novos líderes continuem surgindo.
Só assim será possível conquistar objetivos, desenvolvimento e crescimento da sociedade. Ainda, no contexto atual, são necessárias iniciativas que estimulem novas lideranças, entre elas as de mulheres e jovens, desenvolvendo autonomia, liderança e protagonismo.
Jean Michell Lange é um exemplo de liderança jovem. Empresário, sócio-proprietário e gestor de 10 escolas de idiomas, encontrou no cooperativismo incentivo, formações e treinamentos que proporcionaram conhecimento, experiência e oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Mas, além disso, apresentou uma maneira de construir e crescer de forma colaborativa, que transformou sua percepção do que é o cooperativismo.
O ColaboreSe conversou com Jean sobre a importância que o movimento jovem e o cooperativismo têm na sua vida e carreira. Ele faz parte do Comitê Jovem Sicredi Aliança PR/SP e da Coordenação de núcleo Sicredi Aliança PR/SP, e é participante ativo de summits, conferências, formações e outros eventos que também incentivam esse crescimento. A entrevista completa você confere a seguir.
São necessárias iniciativas que estimulem novas lideranças
Qual foi o primeiro contato que teve com o cooperativismo?
Fazer parte de uma cooperativa não faz você, necessariamente, ter convivência com o cooperativismo e entender o seu valor. Desde que decidi empreender, em 2013, então com 23 anos, comecei a integrar uma cooperativa de crédito. Na minha cabeça, era um banco como qualquer outro. Mas em 2017, quando expandi meu negócio de forma considerável, conheci a cooperativa Sicredi.
Logo após me associar, comecei a ter contato de forma mais frequente com o cooperativismo, participando de formações e assembleias. A partir deste momento, passei a entender muito mais meu papel como associado e o peso da cooperativa na sociedade, principalmente a atuação local.
Em 2018, fui convidado a participar do 1° Summit Jovem e ali pude me desenvolver e entender ainda mais em que a sociedade poderia se tornar se mais pessoas entendessem o que é ser um cooperado praticante e ativo.
Que momento mais marcou você nessa trajetória?
Em 2020, fui convidado pela cooperativa a participar, junto com um pequeno grupo, de uma conferência da Woccu em Londres e Manchester, no Reino Unido. Hoje sou grato pela cooperativa ter me proporcionado experiências incríveis para entender, melhor e mais a fundo, a história e o impacto do movimento cooperativista no mundo.
Nessa viagem, pude visitar o berço do cooperativismo em Rochdale e fazer muitas amizades com pessoas que já tinham muita vivência no cooperativismo. De todos que participavam da convenção, eu era o único que não trabalhava diretamente com uma cooperativa. Ainda assim, tive oportunidades de falar sobre o que o Sicredi vinha fazendo no Brasil, tornando minha função mais efetiva dentro desse movimento.
Hoje, sou feliz em poder compartilhar continuamente minhas experiências e visão de que cooperar vai além de uma boa ação, ou seja, se torna um estilo de vida uma vez que você entende o propósito.
Mas em 2017, conheci a cooperativa Sicredi
Como a participação ativa no movimento cooperativista foi importante para se tornar quem é hoje?
Na minha opinião, o conceito Life Long Learning (aprendizado contínuo) é a chave para se ter uma mente aberta voltada ao novo, levando em consideração toda a experiência já adquirida, e sou um eterno apaixonado por novas experiências, conhecer mais pessoas, e outros pensamentos.
A soma de tudo o que você sentiu, tocou, experimentou na sua vida forma o seu agora. E isso é algo que o movimento me proporciona constantemente.
De que forma você aplica os conceitos do cooperativismo no trabalho atual?
Desde que comecei a ter uma relação mais próxima com o cooperativismo por meio do Sicredi, venho me espelhando no modelo de trabalho que é, além de falar sobre, de viver o cooperativismo. Por isso, os princípios do cooperativismo se entrelaçam com os norteadores da minha empresa.
Sou um eterno apaixonado por novas experiências
Como vê o incentivo ao empreendedorismo nas escolas, universidades e cooperativas?
Tem crescido constantemente, mas ainda pode ser melhor explorado. Estamos apenas no começo. Ainda mais que o empreendedorismo é interpretado de forma equivocada pela maioria das pessoas.
Hoje, muitos entendem que você só pode ser empreendedor se abrir uma empresa, e não é bem assim. Quem abre uma empresa é um empresário e ele pode ou não ser uma pessoa empreendedora. Da mesma forma, você pode empreender em empresas já existentes e crescer, além de encontrar muito mais sentido e propósito no que faz.
Muitas vezes, já me deparei com pessoas que diziam “vou começar a empreender, vou abrir uma empresa”. Na mesma hora, me vinha a pergunta: o quanto essa pessoa estava ou não empreendendo no seu trabalho como colaborador?
Que conselho pode dar para quem deseja começar no mundo do empreendedorismo?
Invista na gestão do seu tempo para focar no que é mais importante, assim, grande parte do que é urgente se resolve sozinho. Invista muito em relacionamentos, pois pessoas transformam pessoas e pessoas precisam de pessoas.
E para quem vai começar a se envolver com o cooperativismo?
Seja proativo sempre! Aproveite todas as oportunidades de se desenvolver para entender no todo qual a sua posição dentro da sociedade. Todos os cidadãos são importantes, inclusive você. Como diz o lema do Sicredi: “Quem coopera, cresce”.
Seja proativo sempre!
*Este conteúdo pertence ao Sicredi Aliança PR/SP, que apoia projetos sociais em prol do crescimento social. Saiba mais sobre nós aqui.
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