Escola especializada em tecnologia e pesquisa científica ajuda a resolver problemas reais da sociedade e coleciona prêmios com projetos de adol...11 minutos de leitura
Escola especializada em tecnologia e pesquisa científica ajuda a resolver problemas reais da sociedade e coleciona prêmios com projetos de adolescentes
Vem cá, responda com sinceridade as seguintes perguntas:
É bem provável que a resposta seja “não” para a maioria dos adultos que está lendo isso.
Converse sobre o assunto com as pessoas que já passaram por uma graduação e vai perceber que são raras as vezes em que alguém já chega no ensino superior sabendo do que se trata uma pesquisa científica e como conduzi-la.
Nosso sistema educacional ainda não nos prepara para essa produção. Quando nos damos conta, “tcharam”: a vida acadêmica está em curso e a gente ainda não tem bagagem suficiente para encarar o lado científico da coisa.
E então, mais perguntas surgem:
Já ouviu falar, por exemplo, que o cientista Stephen Hawking, acreditava que sua investigação em cosmologia foi resultado da vontade de conhecer o funcionamento das coisas quando ainda era criança?
Ele gostava de saber como funcionavam os brinquedos, ter controle sobre eles, e depois passou a construir seus próprios trenzinhos, aviões e barcos.
Podemos estimular mais essa vontade de conhecer profundamente o que há por trás das coisas e assim mudar os rumos da história com novas descobertas? O técnico em Eletrônica e acadêmico de Engenharia Elétrica Maycon Gustavo Oliveira Lourenço acredita que sim.
A própria trajetória dele comprova essa convicção: aos 15 anos, ele começou a ter contato com a pesquisa científica. Hoje, aos 19, já é diretor e professor de uma escola especializada em tecnologia e iniciação científica para crianças e adolescentes, em Cascavel.
“Percebo que as escolas ainda estão com ambientes muito fechados, pensando muito ‘dentro da caixa’. Geralmente aquele aluno que tem alguma dificuldade, tem uma série de alternativas: sala de recursos, aulas de apoio, ambiente multidisciplinar, etc. Mas estão esquecendo daquele aluno mais avançado, que geralmente termina as tarefas antes e tem sede de mais atividades”, comenta Maycon, que recebe na escola dele alunos, a partir de 4 anos, para lidarem com robótica e, a partir de 8 anos, para entrarem no universo da pesquisa científica.
“Percebo que as escolas ainda estão com ambientes muito fechados, pensando muito ‘dentro da caixa’”
As feiras científicas das quais ele já participou como estudante, hoje, continuam fazendo parte da agenda, mas agora como professor.
Ao longo de 2020, por exemplo, vários eventos espalhados pelo país estiveram no calendário e muitos deles renderam premiações: em 5 das 8 feiras que participaram, os alunos orientados por ele foram premiados.
Recentemente, depois do bom desempenho em eventos nacionais, os estudantes ganharam credencial para apresentarem projetos em feiras internacionais de ciência e tecnologia, em 2021.
“A pesquisa ajuda cada um a se encontrar na sua área de atuação”
Cada um com seu foco, mas percebam pelos temas: todos eles, apesar de muito jovens, estão pautados por preocupações e necessidades reais da comunidade.
“Isso vai ajudar no enfrentamento de muitos problemas que as pessoas têm hoje em dia. Enxergo aqui futuros engenheiros, médicos e pesquisadores. A pesquisa ajuda cada um a se encontrar na sua área de atuação”, orgulha-se o professor.
Está curioso para conhecer quem são esses pequenos cientistas premiados? Continue acompanhando o ColaboreSe, já que, em breve, estará no ar uma série de matérias contando sobre os projetos de cada um!
Enquanto isso, que tal um conteúdo extra sobre o tema? Ouça o episódio do ColaboreCast com o professor Maycon respondendo ao seguinte questionamento: como o incentivo da pesquisa científica entre crianças e adolescentes pode nos ajudar a melhorar o mundo?
*Este conteúdo pertence ao Sicredi Aliança PR/SP, que apoia projetos sociais em prol do crescimento social. Saiba mais sobre nós aqui.
*Para saber mais sobre a política de uso de informação da Sicredi clique aqui.
Comentários